domingo, 23 de agosto de 2009

Cerveja pode fortalecer ossos de mulheres, indica estudo...



Mulheres que bebem quantidades moderadas de cerveja podem fortalecer seus ossos, segundo um estudo de pesquisadores espanhóis. O estudo com cerca de 1.700 mulheres, publicado na última edição da revista científica Nutrition, verificou que a densidade dos ossos era melhor em mulheres que bebiam regularmente do que em mulheres que não bebiam.
Mas a equipe de pesquisadores adverte que o efeito pode ser mais ligado a hormônios de plantas presentes na cerveja do que ao álcool. Especialistas também sugeriram cautela em relação è descoberta. Eles advertem que o consumo diário de mais de duas unidades de álcool prejudica a saúde dos ossos.
A osteoporose, condição na qual a densidade dos ossos fica menor, deixando a pessoa mais suscetível a fraturas, é um problema comum em mulheres após a menopausa.
FORÇA DOS OSSOS - Os cientistas vêm pesquisando possíveis suplementos que possam ajudar as mulheres a manter a força de seus ossos após a meia idade.
Os autores do novo estudo, da Universidade de Extremadura, na Espanha, disseram não recomendar que as mulheres comecem a beber cerveja para fortalecer seus ossos, mas sugeriram que novos estudos sejam feitos com um ingrediente da cerveja chamado fitoestrogênio.
Para a pesquisa, eles recrutaram voluntárias com uma idade média de 48 anos e usaram ultrassom para medir a densidade dos ossos em seus dedos das mãos.
Os resultados foram comparados, levando-se em conta fatores como peso, idade e consumo de álcool. Mulheres definidas como consumidoras “leves” ou “moderadas” de cerveja – até 280 gramas de álcool por semana, ou o equivalente a até cinco unidades por dia – tinham uma densidade óssea maior na média do que as abstêmias.
O resultado da pesquisa está de acordo com outros estudos anteriores, incluindo um conduzido no Hospital St. Thomas, em Londres, que sugeriu que beber em média oito unidades de álcool por semana pode ser benéfico.
Porém especialistas advertem que é difícil estabelecer um limite certo entre uma dose “saudável” de álcool e uma prejudicial. O limite máximo estabelecido pelo estudo espanhol, de 35 unidades por semana, é o dobro do máximo recomendado para as mulheres.


Fonte: BBC Brasil

sábado, 15 de agosto de 2009

Termos Médicos x Definições Populares


Muitos termos relacionados ao peso e à saúde acabam assumindo “definições populares” e “definições médicas". Se não tomarmos cuidado, as diferenças de significados podem confundir.
As pessoas tendem a se referir a qualquer reação desagradável a um alimento como alergia: "Sou alérgico a carne vermelha, feijão verde e macarrão com queijo. Fico enjoado toda vez que como.” No entanto, a verdadeira alergia é rara, atingindo apenas 2% dos adultos.


Alergia Alimentar
A verdadeira alergia desencadeia uma reação do sistema imunológico que se manifesta não só no aparelho digestivo (náusea, diarreia e gases), mas na pele (erupções, coceira, inchaço na região dos olhos e boca) e no aparelho respiratório (coriza, coceira nos olhos e falta de ar).
Nos casos mais graves, a alergia a um alimento específico pode levar a uma rápida reação, resultando na contração das vias aéreas e possível morte – caso não seja tratada imediatamente.
As alergias mais comuns são a: peixes, mariscos, nozes ou ovos.
Intoxicações alimentares e a intolerância a lactose são muito mais comuns e frequentemente confundidas com alergias.


Compulsão Alimentar
A compulsão alimentar é um termo comum nas conversas informais: "Tive uma compulsão alimentar ontem à noite: tomei um sorvete gigante”, "Exagerei nos biscoitos e nas batatas fritas”.
Na verdade, a compulsão alimentar corresponde a um grupo muito específico de comportamentos que servem de diagnóstico para uma variedade de transtornos alimentares.
Uma compulsão alimentar acontece quando, num curto período de tempo (duas horas, por exemplo), consome-se uma quantidade de comida maior do que a que a maioria das pessoas comeria no mesmo período de tempo. Além disso, nesse momento, tem-se a sensação de falta de controle – você acha que não vai conseguir parar de comer nem controlar o que ou o quanto come.


Vício de comer
Muitas pessoas dizem que são viciadas em comida. Você já deve ter ouvido alguém dizer: "Sou viciada em açúcar" ou "Preciso comer a minha dose diária de chocolate!". Porém, a definição médica para vício envolve uma necessidade psicológica de uso de uma substância entorpecente (heroína, nicotina ou álcool, por exemplo). Esse vício é caracterizado pelo nível de tolerância e por sintomas psicológicos bem definidos na ausência da substância.
Com a exceção dos que contém quantidades significativas de cafeína, alimentos não causam dependência. Por isso, do ponto de vista médico, não é possível ser viciado em comida.
A dependência psicológica e os problemas para lidar com a comida de forma saudável acontecem, mas normalmente são erroneamente referidos como "vício de comer."

Na maioria dos casos, o uso de termos médicos em conversas informais é inofensivo. O problema está em diagnosticar a si mesmo ou a outras pessoas com base em “definições populares”. Os resultados não são nada bons. Muitas adolescentes são atormentados pela ideia de que têm bulimia porque comem demais ocasionalmente, outros sentem que suas vidas são governadas por um vício alimentar que eles não conseguem controlar.
Se você se preocupa com a saúde, é importante estar ciente de que os termos médicos acabam se infiltrando nas conversas informais – com as melhores intenções! Tenha isso em mente quando interpretar as informações sobre saúde publicadas em jornais, revistas e outras mídias que não sejam provenientes de instituições médicas.



FONTE:
US Department of Health and Human Services, National Institutes of Health, National Institute of Allergy and Infectious Diseases. Food Allergy, An Overview.

Wells LA, Sadowski CA. Bulimia: an update and treatment recommendations. Curr Opin Pediatr. 2001 Dec;13(6):591-7.

Medline Plus.