quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Dicas naturais para uma boa memória

Tanta coisa pra lembrar, que tem hora que parece que “dá um branco”. E os principais vilões dessa história são o estresse e o monte de obrigações que a gente acumula no dia-a-dia. Mas a boa notícia é que os alimentos naturais podem dar uma turbinada na nossa memória. Dê uma olhada nessas dicas:

1 - MAIS ÔMEGA-3:
60% do nosso cérebro é formado por gorduras insaturadas, entre elas, o famoso ômega-3, encontrado na linhaça, na prímula e nos peixes;

2 - JÁ OUVIU FALAR DA COLINA? É uma substância que serve de matéria-prima para o nosso sistema nervoso produzir acetilcolina, substância que ajuda na memorização. Ela está na soja e nos ovos;

3 - NADA DE JEJUNS LONGOS.
Quando ficamos por mais de 3 horas sem comer, a glicemia (glicose do sangue) cai muito. E o detalhe é que a glicose é a única fonte de energia para o cérebro desempenhar o seu papel direito, então já dá pra imaginar o que o jejum prolongado pode causar: além de fazer o cérebro sofrer o ataque de um monte de radicais livres, ele passa a funcionar bem devagar (e é aí onde a memória falha muitas vezes);

4 - APOSTE NOS GRÃOS INTEGRAIS.
Além de fornecerem energia para o cérebro por mais tempo, eles têm vitaminas do complexo B e minerais (como o fósforo), que fazem o nosso sistema nervoso funcionar bem (inclusive na hora de memorizar). Arroz integral, feijão, grão de bico, lentilha, aveia, milho, trigo integral são ótimas opções;

5 - NÃO DEIXE FALTAR CROMO.
Este mineral, presente em grãos como o trigo e o arroz integrais melhora a ação da insulina, o que é uma supervantagem não apenas para prevenir o diabetes, mas também para melhorar a ação da glicose (única fonte de energia do cérebro);

6 - PRESERVE SEU CÉREBRO DA MELHOR MANEIRA.
Alimentos produtos refinados, ou mesmo os que têm gorduras trans e/ou aditivos artificiais, geram muitos radicais livres, que causam envelhecimento precoce do cérebro e de outras partes do corpo. Pra preservar melhor o cérebro e evitar esse problema, dê preferência para os alimentos naturais, fontes de antioxidantes (que combatem os radicais livres). Frutas, verduras e legumes frescos (de preferência, orgânicos) são ótimos pra isso!

E ai, gostou?

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

10 Mandamentos da Vida e do Peso Saudável


Manter a vitalidade e a saúde comendo bem, e ainda estar com o peso equilibrado parece uma tarefa difícil, mas na verdade não é tanto assim. Segue abaixo algumas dicas que achei no site da MÄE TERRA - PRODUTOS NATURAIS que poderão te trazer mais bem-estar e uma alimentação mais saudável.

1. Comer alimentos integrais sempre
Essa recomendação vale para todas as refeições principais e também para os lanches. Consumir arroz, massas, pães e biscoitos integrais é a garantia de que o corpo será abastecido com os nutrientes, fibras e outras substâncias fundamentais para que funcione bem.Veja na figura ao lado a composição do grão integral. O gérmen é a parte viva, onde ficam as vitaminas, minerais e proteínas, que são indispensáveis tanto para que a planta cresça e se desenvolva como também na alimentação humana. O gérmen é revestido pelo endosperma, que estoca os carboidratos que fornecem energia para o corpo. A fibra ou farelo é a “embalagem natural” do grão e, embora não seja absorvida pelo nosso organismo, precisa ser consumida porque ajuda o intestino funcionar bem, melhora o aproveitamento do cálcio que vem dos alimentos e facilita a desintoxicação. No caso do arroz, do pão e das massas feitas com grãos refinados, o gérmen e a fibra geralmente são desprezados, fazendo com que o alimento perca a maior parte de suas propriedades nutricionais.

2. Dar preferência aos vegetais in natura
Sempre que possível, processe o alimento o mínimo possível antes de comer. Quanto mais próximo ele estiver da forma como é encontrado na natureza, melhor. Para preservar ao máximo os nutrientes, coma os vegetais crus ou pouco cozidos, de preferência a vapor, em vez de refogados ou cozidos por muito tempo. Coma a fruta em vez de tomar o suco. Se for beber o suco, que seja preparado na hora, com a fruta fresca
e de preferência, sem coar. Opte também pelas frutas, verduras e legumes da safra, que em geral são mais frescos, nutritivos e econômicos.

3. Colocar no prato as cores da natureza
O verde intenso do brócolis, o vermelho do tomate e o tom alaranjado da cenoura não existem à toa: essa características são provenientes de substâncias bioativas (que ajudam a prevenir ou tratar doenças) que existem nas plantas. Assim, se o seu prato tiver grande variedade de tons (sem contar os corantes artificiais, é claro), você estará consumindo uma mistura de elementos altamente valiosos para sua saúde e beleza, em doses equilibradas, tais como licopeno, betacaroteno, luteína e flavonóides, entre muitos outros.


4. Fazer cinco ou seis refeições por dia
Muitas pessoas que desejam emagrecer cometem o erro de pular refeições ou ficar várias horas em jejum, imaginando que assim reduzirão o consumo de calorias. Na verdade, o efeito é inverso. O organismo reage a esse desequilíbrio estocando ao máximo a gordura que possui e gerando o desejo irresistível por alimentos altamente calóricos. Pequenos lanches saudáveis no intervalo das principais refeições (café-da-manhã, almoço e jantar) são importantes para manter o cérebro funcionando bem, manter bons níveis de açúcar (glicose) no sangue e evitar o acúmulo de toxinas no corpo, além de prevenir tanto a obesidade quanto a perda excessiva de peso.

5. Valorizar mais as primeiras refeições
Um bom café da manhã e um almoço completo e nutritivo, sem ser pesado, garantem boa parte do equilíbrio do cardápio diário. À noite, sirva-se de menores quantidades e prefira alimentos de fácil digestão para manter o bem-estar e ter um sono tranquilo.

6. Beber muita água
Para funcionar bem, o organismo precisa estar hidratado. E não há melhor líquido para cumprir esse objetivo do que a água pura e simples. As outras bebidas, inclusive os sucos naturais, devem ser tomados de vez em quando. A água faz os rins, o cérebro e todos os demais órgãos internos funcionarem melhor. Associada com as fibras da alimentação, ela garante que o intestino vai funcionar bem. O hábito de beber um copo d’água a cada uma ou duas horas durante todo o dia é muito saudável. A dose diária é de pelo menos 1,5 litro (8 copos), porém algumas pessoas precisam de mais de 2 litros por dia. De preferência, reduza ao mínimo o consumo de líquidos durante as refeições (para não diluir os sucos gástricos e prejudicar a digestão) e tome mais água nos intervalos.

7. Fazer da refeição um momento de paz
Colocar a mesa com carinho, sentar-se, servir-se com calma, mastigar bem, buscar a companhia das pessoas de quem você gosta e manter uma conversa tranquila sobre temas inspiradores são atitudes que favorecem a boa nutrição. Evite discussões, temas que causem estresse ou mesmo tomar decisões importantes enquanto se alimenta. Se o ambiente está positivo, até mesmo a escolha do que entra no prato tende a ser mais sensata.

8. Informar-se sobre os alimentos
Conheça bem os alimentos que você compra. Leia os rótulos das embalagens, preste atenção se são orgânicos ou não, se a lista de ingredientes é saudável (dê preferência para produtos com a lista de ingredientes naturais e integrais, sem aditivos químicos), se estão dentro da data de validade, se foram conservados de forma correta no transporte e no supermercado antes de chegar à sua casa. Ao ler a tabela nutricional, não preste atenção apenas nas calorias, mas observe sobretudo o teor de sódio, a quantidade de fibras, a lista de ingredientes e de aditivos químicos. Procure também se informar sobre alimentação em sites, livros, jornais e revistas sobre saúde. Assim você se tornará um consumidor cada vez mais consciente e seletivo.

9. Investir em alimentos de qualidade
Muitas pessoas reclamam porque os alimentos orgânicos, naturais ou feitos com ingredientes de qualidade superior geralmente são mais caros. Realmente, as lavouras com agrotóxicos e os produtos industrializados, com aditivos químicos, podem ter preços menores porque toda sua cadeia de produção procura reduzir os custos e não manter a excelência do produto. Os produtores alternativos arcam com despesas muito maiores e suas margens de lucro são muitas vezes apertadas.
Então, na hora de decidir a compra e fazer o orçamento doméstico, reflita. O mundo passa hoje por uma epidemia de obesidade sem precedentes, pois grande parte da humanidade consome um volume de alimentos maior do que necessita. Além disso, o câncer hoje é uma das principais causas de morte no mundo, e muitos tipos dele começam por uma alimentação ruim. A proposta da alimentação natural é eliminar excessos e substituir quantidade por qualidade, mesmo que gastando um pouco mais de dinheiro. O investimento com certeza vai dar lucros no futuro, pois ficar doente é que sai caro.

10. Fazer as mudanças de hábitos alimentares aos poucos
Ainda que os resultados possam não ser tão imediatos quanto o que as dietas da moda prometem, tenha sempre em mente que o caminho para a verdadeira saúde e beleza passa pelas nove sugestões acima. Não é aconselhável fazer mudanças radicais do dia para a noite. As melhorias nos hábitos alimentares só trarão bons resultados ser forem duradouras, incorporadas realmente ao dia-a-dia e proporcionarem prazer. Mesmo que, a princípio, os sabores e texturas dos alimentos naturais causem um pouco de estranheza, pouco a pouco o paladar vai se acostumando a eles, surge o desejo frequente por esse tipo de comida e o bem estar que causam faz com que logo se tornem um verdadeiro vício do bem. Vá introduzindo aos poucos a natureza no seu cardápio, sem neuroses nem rigidez excessiva. E saiba que, em raras ocasiões (uma festa, por exemplo), não tem problema degustar alguns itens que normalmente não fariam parte de um cardápio saudável.

Siga essas dicas, e você logo perceberá a diferença em sua saúde. Mas lembre-se sempre de que é importante consultar um nutricionista para orientar especificamente o seu caso.




sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Temperos deixam as refeições mais saborosas e fazem bem para a saúde

Os temperos são utilizados para dar mais sabor aos pratos, mas também fazem muito bem à saúde. O sal feito com ervas, por exemplo, substitui o sal comum e é ótimo para quem tem pressão alta.

O alecrim, o cominho e o manjericão facilitam a digestão, reduzem os gases e ajudam no tratamento de infecções intestinais. Além disso, o alecrim tem outras propriedades. "Ele ajuda na redução da pressão arterial e é um poderoso antiinflamatório, então podemos usar quando alguma inflamação se apresenta, e também auxilia no controle da gripe", explica a nutricionista Tâmara Ferreira.

Os sintomas da gripe também podem ser diminuídos com o consumo do tomilho e da folha de louro, que são expectorantes. Já entre os benefícios do orégano está a prevenção da candidíase, uma das doenças provocadas por fungos. “O orégano é um antimicrobiano, antifúngico. Se a gente tiver uma inflamação, pode utilizar esse produto”, orienta a nutricionista.

Segundo Tâmara, a pimenta vermelha é boa para a cicatrização: “Ao contrário do que as pessoas pensam, a pimenta vermelha ajuda na cicatrização da gastrite. Não é para comer em excesso. Não existe uma quantidade fixa para nós utilizarmos. Temos que utilizar em pequenas quantidades aumentando a freqüência. Na verdade, é utilizar pouco com frequência maior. Assim, vai haver um efeito benéfico à saúde. Fora que as ervas são antioxidantes e ajudam no combate ao envelhecimento”.

Confira a receita para preparar o sal de ervas, que pode ajudar a diminuir o consumo do sal comum e é indicado, principalmente, para quem tem pressão alta ou problema de retenção de líquido.
Ingredientes:
- 1 xícara de café de sal
- 1 xícara de chá com 3 tipos de ervas desidratadas (por exemplo: alecrim, orégano e manjericão)

Modo de preparo:
Misture os ingredientes em uma frigideira, aquecendo rapidamente. Depois, é só guardar em um recipiente de vidro.



JORNAL HOJE - GLOBO
Edição do dia 09/12/2011

Mascar chiclete faz mal ao estômago?

Quando em excesso, pode trazer problemas, pois a função de mascar o chiclete estimula o estômago a trabalhar, produzindo suco gástrico com o objetivo de digerir os alimentos. Como não há alimento a ser digerido, esse suco gástrico, extremamente ácido, acaba atacando a mucosa do estômago, podendo provocar gastrites e úlceras.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Pimentão é líder em contaminação por agrotóxicos, diz Aniva.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta quarta-feira, 7 de dezembro, dados do “Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos”, uma lista que contém os nomes de frutas, grãos, verduras e legumes com maior nível de contaminação por agrotóxicos no Brasil.

Das amostras de alimentos analisadas pela agência, referentes ao ano de 2010, 28% apresentaram limites acima do recomendável ou substâncias não aprovadas para o produto. De 18 alimentos examinados, o pimentão, o morango e o pepino lideraram o ranking dos mais contaminados.
O caso mais grave é o do pimentão com 92% das amostras irregulares, contra 63% dos morangos, 57% do pepino, 54% da alface e quase 50% da cenoura. O tomate, que já esteve no topo do ranking, hoje tem contaminação de 16%. Na beterraba, abacaxi, couve e mamão foram observadas irregularidades em cerca de 30% das amostras analisadas.
“São dados preocupantes, se considerarmos que a ingestão cotidiana desses agrotóxicos pode contribuir para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a desregulação endócrina e o câncer.” - Agenor Álvares, diretor da Anvisa.
O alimento que saiu ileso foi a batata, que obteve resultado satisfatório em 100% das amostras analisadas.
Segundo Álvares, o problema de resíduos químicos em alimentos pode estar relacionado ao custo dos agrotóxicos. “Os pequenos produtores acabam comprando produtos baratos, mas inadequados para um determinado cultivo” explicou o diretor.

Como foi feita a pesquisa:
O programa coletou as amostras em 25 estados do país e no Distrito Federal, apenas São Paulo não participou. Os 18 alimentos analisados foram: abacaxi, alface, arroz, batata, pepino, pimentão, repolho, beterraba, cebola, cenoura, couve, feijão, laranja, maçã, mamão, manga, morango e tomate.
“Essas culturas são escolhidas de acordo com a importância do alimento na cesta básica dos brasileiros, no perfil de uso de agrotóxicos para aquela cultura e na distribuição da lavoura pelo território nacional”, explica Álvares.
Após obtenção de todas as amostras, elas foram levadas para serem analisadas em diversos laboratórios como o do Instituto Octávio Magalhães, Laboratório Central do Paraná, Laboratório Central do Rio Grande do Sul e no Laboratório Central de Goiás.
De acordo com o diretor da Anvisa, o método empregado para analisar a presença de 167 agrotóxicos foi utilizada por países como a Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Holanda e Austrália, a partir de tecnologia de ponta.

Cuidados que o consumidor deve tomar:
O primeiro cuidado é saber a procedência dos produtos, optando sempre pelos que possuem origem identificada. Segundo a Anvisa a identificação irá aumentar o comprometimento dos produtores em relação à qualidade dos alimentos.
Optar por orgânicos e sazonais também são procedimentos recomendados pela a agência para obter um produto livre de agrotóxicos.
A lavagem correta dos alimentos e a retirada de cascas e folhas externas ajudam na redução dos resíduos de agrotóxicos presentes apenas nas superfícies.
“Os supermercados também têm um papel fundamental nesse processo, no sentido de rastrear, identificar e só comprar produtos de fornecedores que efetivamente adotem boas práticas agrícolas na produção de alimentos”, afirma Álvares.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Alho e cebola contra pedra na vesícula


A dupla seria capaz de reduzir a formação de cálculo biliar, sugere um estudo indiano publicado no periódico British Journal of Nutrition. Realizado com roedores, o trabalho mostrou que o dueto aumenta a produção de duas enzimas responsáveis por derrubar naturalmente os níveis de colesterol. “E quase 80% das pedras na vesícula são formadas por esse tipo de gordura”, afirma Ricardo Abdalla, clínico-geral do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Para chegar à conclusão, os cientistas compararam dois grupos de cobaias. Entre os animais alimentados com uma maior quantidade de alho e cebola, houve uma redução de até 30% na incidência dos cálculos.





quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Grávida que come demais...tem filho que vive com fome.

Descubra por que as futuras mamães podem financiar a obesidade nos seus descendentes

Durante a gravidez, o bebê e a mãe constroem uma relação bem estreita. O feto cresce semana após semana e precisa dos nutrientes que a gestante ingere para o seu bom desenvolvimento. Mas as mamães de primeira, segunda e outras viagens precisam dosar a quantidade e a qualidade do que consomem à mesa nessa jornada de nove meses. “Há cada vez mais evidências de que tanto carências quanto excessos alimentares durante a gestação são danosos à saúde infantil”, diz a pediatra e nutróloga Fabíola Suano, de São Paulo.
Quando a gestante abusa das garfadas e engorda acima do limite ideal, pode, sem perceber, patrocinar a obesidade no filho que carrega no ventre. “Mulheres que ganham quilos além da conta na gravidez geram bebês com maior volume de massa gorda”, diz Fabíola. Para desvendar o que deixa a garotada fofa demais, pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, dividiram ratas prenhas em dois grupos: um alimentado com ração convencional e outro com ração à base de gordura e açúcar. Eles constataram que os filhotes da segunda ninhada, assim como as mães, preferiam comidas gordurosas. A explicação pode estar no cérebro, já que esses roedores apresentaram níveis maiores de receptores de dopamina, o neurotransmissor do prazer.
A atuação dessa substância é fundamental quando a criança deixa de mamar. “Para que entenda que precisa se alimentar, o bebê recebe estímulos cerebrais”, explica o neurocientista Renato Sabbatini, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. “E esse é o papel da dopamina, que faz parte do sistema de recompensa e é produzida, entre outras situações, quando ingerimos lipídios e açúcar.” Em quem come muita gordura, porém, a dopamina não trabalha direito. “A obesidade está relacionada a uma incapacidade natural de perceber os efeitos prazerosos do sistema de recompensa”, diz o neurocientista Ivan de Araújo, da Universidade Yale, nos Estados Unidos. Logo, se o pequeno nasce com mais receptores de dopamina, maior será sua necessidade de ingerir fontes do nutriente até conseguir se satisfazer.
Mas a influência da dieta da grávida no futuro do filho vai além do sistema de recompensa cerebral. Também usando ratos, cientistas da Universidade de São Paulo revelaram outro risco associado a maus hábitos alimentares na gestação. Dessa vez, o alvo foi a quantidade de sal ingerida no período de espera. Eles notaram que as pitadas a mais do condimento contribuíam para a ocorrência de hipertensão quando os filhotes se tornavam adultos. “O aumento da pressão arterial, no caso, é uma característica epigenética, ou seja, que passa da mãe para o filho sem alterar seu DNA”, explica o clínicogeral Joel Cláudio Heimann, líder da investigação feita na USP.
O time de Heimann ainda verificou que, por sua vez, sal de menos no prato da grávida pode causar resistência à insulina, quando esse hormônio não dá conta de botar o açúcar para dentro das células. “Não esclarecemos por que isso acontece, mas uma das explicações é que, nessas condições, o fluxo de sangue diminui nos tecidos, prejudicando o trabalho da insulina”, diz o pesquisador.
Como o trabalho foi realizado só com animais, ainda é preciso averiguar se esses efeitos seriam semelhantes em seres humanos — o que não é improvável. “Ambos são mamíferos e têm tecidos e sistemas parecidos.” A dose de sal indicada pela Organização Mundial da Saúde é de 5 gramas por dia — esse valor é o mesmo para gestantes. “Porém, no fim da gravidez, recomendamos reduzir as pitadas para evitar retenção de líquidos”, ensina a nutricionista Mariana Del Bosco, da Associação para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.

De olho no prato:
Uma coisa é certa: a grávida deve ingerir fontes de dois nutrientes imprescindíveis nessa fase. Um deles é o ácido fólico. “Ele é essencial no desenvolvimento do tubo neural, estrutura que forma o cérebro e a medula espinhal”, lembra a nutricionista Aline Zeidan, do Hospital Santa Catarina, em São Paulo. A suplementação dessa vitamina geralmente é prescrita na gravidez. Outra substância que não pode faltar é o ferro, já que previne a anemia. “Ele é encontrado nos vegetais escuros, no feijão e na carne vermelha”, orienta Aline.
O clichê de que as gestantes devem comer por dois merece cautela. “Devemos pensar em qualidade, nunca em quantidade. O obstetra acompanha a grávida e, se necessário, encaminha ao nutricionista”, diz o obstetra Luis Fernando Leite, do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo. “Cada mulher precisa ser avaliada de acordo com seu peso antes da gestação e receber um atendimento individualizado”, completa Fabíola Suano. Pelo bem dela e do bebê.

Quando a mãe come gordura demais: Seu filho pode ficar vidrado no nutriente

1. A gordura e o açúcar ingeridos pela gestante são absorvidos pela placenta para que o feto se desenvolva perfeitamente.

2. A placenta quebra as moléculas dessas substâncias em frações menores, como os triglicérides, que chegam ao cérebro do bebê.

3. A presença de gordura no cérebro do pequeno é interpretada pelo órgão como um bom motivo para produzir dopamina, que se encaixa em receptores específicos nos neurônios.

4. Esse estímulo é essencial para que o bebê coma ao nascer. Mas, em excesso, pode deixá-lo desejando mais gordura do que precisa.

Diabete gestacional
Ele é mais um desencadeador de obesidade e hipertensão em crianças e deve ser acompanhado de perto. “Esse tipo de diabete costuma ocorrer em mulheres com predisposição, como as que têm IMC acima de 28 antes de engravidar”, diz a médica Rosane Kupfer, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Combinar atividades físicas com uma alimentação saudável ajuda a prevenir e até mesmo controlar o problema.

Privação que engorda
Um estudo com filhos de mulheres que passaram fome na Segunda Guerra Mundial, nos anos 1940, revelou que a desnutrição materna também causa obesidade. Uma das hipóteses é a de que o organismo das crianças tentaria compensar a privação sofrida na gestação se rendendo à gula ao longo da vida. Além disso, os bebês já nasceriam resistentes à insulina, hormônio que abastece as células com açúcar.



por Hilda Sabino
http://saude.abril.com.br/



terça-feira, 1 de novembro de 2011

Gastrite

A escolha correta dos alimentos impede que a faísca estomacal se transforme em "fogaréu", promovendo um alívio duradouro

Café da manhã
As proteínas do ovo ajudam a reconstituir a parede do estômago após o jejum noturno e o pão integral controla os níveis de ácido clorídrico, substância por trás da queimação

Almoço
As fibras da maçã e do arroz integral somadas ao betacaroteno da cenoura também protegem contra o incêndio.

Entre refeições
O iogurte equilibra os níveis de acidez estomacal e os grãos integrais dão uma força e tanto para o bom trabalho da digestão.

Jantar
A água de coco hidrata e ameniza a dor. Os brócolis complementam o serviço, diminuindo a inflamação.


Seja de origem bacteriana ou emocional, o desconforto na parte superior do abdômen é o mesmo. Quem sofre de gastrite apresenta sintomas como dor de estômago e queimação. Essa inflamação no órgão que tem como responsabilidade preparar os alimentos e enviá-los ao intestino delgado aparece quando suas paredes internas passam a não suportar o ácido que circula por ali e que é essencial para a digestão das proteínas. Sem os cuidados adequados, a gastrite pode evoluir para problemas mais sérios, como úlcera e até câncer.
Uma bactéria incendiária, a Helicobacter pylori, é a principal causa da ardência estomacal. Geralmente, o micro-organismo se aloja nesse órgão e, dependendo da sorte do hospedeiro, assume a persona de um piromaníaco. "A bactéria não discrimina nem sexo nem faixa etária", diz o gastroenterologista Flavio Steinwurz, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Felizmente, dá para controlar o ímpeto ardoroso do micróbio com alimentos capazes de apagar esse fogo todo (veja ao lado). A boa-nova vem da Universidade de Otago Christchurch, na Austrália, onde a pesquisadora Jacqueline Keenan estuda uma espécie de dieta contra a gastrite.
Os resultados ainda não foram divulgados, mas Jacqueline garante com exclusividade a SAÚDE que são encorajadores. Apesar do segredo, a especialista adianta: "O broto de brócolis combinado com cápsulas de óleo de groselha-negra tem seu efeito anti-inflamatório potencializado, controlando os sintomas". Ok, as tais cápsulas não são encontradas com facilidade aqui…
O senso comum ainda lista itens da despensa que prejudicam a mucosa que reveste o estômago, mas lembre-se: o organismo de cada pessoa reage de uma forma diferente. "É importante testar os alimentos que causam desconforto e retirá-los do cardápio", ensina o nutrólogo Dan Waitzberg, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Restringir a produção de ácido ficando de olho no que a gente come é de extrema importância, já que cada mordida dá a largada para o sistema digestivo trabalhar. Essa tática minimiza a agressão contra as paredes internas do estômago — e isso proporciona um alívio daqueles. Mas, além do monitoramento das refeições, outros passos podem amenizar a ardência e a controlar a progressão das lesões. A mastigação, como primeira fase da digestão, poupa os esforços do órgão. “A amilase, enzima da saliva, começa a quebrar o amido já na boca”, conta Flavio Steinwurz.
Comer várias vezes ao dia também está no topo da lista de conselhos de qualquer nutrólogo ou nutricionista. “Quantidades menores fazem com que o estômago não fique abarrotado”, diz a nutricionista Beatriz Botéquio, da Equilibrium Consultoria, na capital paulista. “Dessa maneira, o tempo de jejum também diminui, prevenindo a acidificação estomacal e, consequentemente, as crises de gastrite”, complementa Dan Waitzberg.
Na hora do suplício, vale apelar para chás antiácidos. “O de espinheira-santa, planta do Sul do Brasil, pode ajudar”, recomenda Waitzberg. E cuidado com o leite puro, que estimula a secreção de suco gástrico, e anti-inflamatórios. “Como são dissolvidos e absorvidos no próprio estômago, acabam causando lesões”, explica Fernando Bahdur, médico da Associação Brasileira de Nutrologia. Agora é só evitar os alimentos incendiários e investir nos protetores. E coma sem medo.


Os incendiários do estômago
Eles ou estimulam a produção de ácido estomacal ou agridem diretamente a mucosa do órgão. E aí é desconforto na certa. Estamos falando de: café, chocolate, bebidas alcoólicas, alho, pimenta, mostarda, cebola, molho de tomate, energéticos e frutas ácidas, como o abacaxi, a laranja, o limão e a acerola.

Remédio de origem vegetal
A Agencia Nacional de Vigilancia Sanitária aprovou o primeiro medicamento a base de plantas contra gastrite. Seu principio ativo . Schinus terebinthifolius . vem da arvore brasileira aroeira.mansa, alivia os sintomas e cicatriza a mucosa estomacal sem efeitos colaterais.

por Caroline Randmer
http://saude.abril.com.br

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Chia, o grão pro-saúde

Ele acaba de aterrissar no Brasil, mas não se engane: sua bagagem é recheada de história. Cultivado desde 2600 a.C, o grão de chia era consumido por maias e astecas para turbinar sua resistência física. Como ele também tinha forte apelo religioso, as plantações foram suprimidas pelos espanhóis assim que conquistaram a América, no século 16. “Elas só foram retomadas no início da década de 1990, por um grupo de pesquisadores argentinos em parceria com a Universidade do Arizona, nos Estados Unidos”, conta a nutricionista Carolina Chica, da Unidade de Doenças Cardiovasculares da Pontifícia Universidade Católica do Chile.
Desde então, a chia, que tem sabor semelhante ao das nozes, ganhou os holofotes nos laboratórios. E não é para menos: fonte de ácido graxo ômega-3, proteínas, fibras, substâncias antioxidantes e minerais como fósforo, cálcio, ferro e magnésio, ela é uma tremenda parceira à mesa contra inúmeros males.
Um deles é o excesso de peso, que nos dias de hoje representa uma epidemia. Segundo a nutricionista Luiza Lima, do Conselho Regional de Nutricionistas da 9a Região, o efeito seca-cintura tem a ver com as doses generosas de fibras encontradas no grão. “No intestino, em contato com a água, elas formam um gel que deixa a digestão mais lenta, prolongando a saciedade”, explica Luiza. Daí, com a sensação de barriga cheia, a vontade de assaltar a geladeira é aplacada.
As fibras da chia também são uma bênção para quem tem o intestino travado. Elas contribuem para formar e eliminar o bolo fecal. “Mas, para obter o benefício, é preciso ingerir líquidos de modo adequado”, ressalta a nutricionista Karina Dantas, consultora técnica do Conselho Regional de Nutricionistas da 3a Região. Ou seja, se caprichar nos goles de água, tudo ótimo.
A chia abriga outra preciosidade — muito mais ômega-3 do que a linhaça. Essa gordura nos blinda contra ameaças ao coração. “Além de ser um bom anti-inflamatório, ela tem ação direta no controle da pressão arterial e na redução do colesterol e dos triglicérides”, justifica a nutricionista Bruna Murta, da Rede Mundo Verde, na capital paulista.
O tratamento do câncer de mama também ganha reforços com o grão andino. “Em um estudo com cobaias, foi constatado que os animais alimentados com seu óleo tiveram uma diminuição no tamanho do tumor e no número de metástases”, informa Carolina Chica. E as perspectivas em relação a outros cânceres são igualmente animadoras. “O grão colabora na prevenção de tumores porque tem alto teor de antioxidantes”, confirma Bruna Murta.
Se é o diabete que amedronta, mais boasnovas: como está na lista de alimentos com baixo índice glicêmico — ou seja, não incita picos adocidados no sangue —, a chia é indicada para quem tem o problema. Sem contar que ameniza a resistência à insulina. Em outras palavras: facilita o aproveitamento da glicose pelas células, e evita que o açúcar fique sobrando na circulação.

Músculos à vista
Lembra que as civilizações pré-colombianas usavam a chia para ter força extra? A nutricionista Luiza Lima corrobora com a estratégia e a recomenda para quem faz exercícios. “Como absorve e retém a água, o grão prolonga a hidratação e a presença de minerais no organismo”, explica. Tem mais: “Devido à elevada concentração de proteínas, pode facilitar o ganho de massa muscular. Para isso, o ideal é consumi-lo após a malhação”, avisa Bruna Murta.
E olha que maravilha: ao contrário da linhaça, a chia não precisa ser triturada para liberar substâncias importantes. E sua versatilidade é outra característica que impressiona, como comprova a nutricionista Natália Dourado, da e3 Comunicação e Nutrição, na capital paulista: “É possível adicioná-la a frutas, cereais, saladas, sopas e iogurte. Moída, é uma boa substituta da farinha em receitas de massas, pães e biscoitos”. Uma opção é deixá-la na água até formar uma gelatina. Aí, é só colocá-la no lugar do ovo nas preparações. Não faltam ideias para você testar e aprovar essa maravilha dos Andes.

Ficha técnica:
Você encontra: em forma de grão, farinha ou óleo
Calorias: 371 cal/100 g • Como usar: em receitas doces ou salgadas • Porção diária: de 2 a 3 colheres de sopa do óleo ou 1 colher de sopa do grão ou da farinha

SUCO DE UVA INTEGRAL COM AÇAI E GRÃOS DE CHIA
Ingredientes:
• 200 ml de suco de uva integral orgânico
• 100 g de polpa de açaí congelada
• ½ colher (sopa) de grãos de chia
• Açúcar demerara orgânico a gosto

Modo de preparo:
Misture todos os ingredientes no liquidificador. Sirva com cubos de gelo.




http://saude.abril.com.br


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Truques que deixam as frituras menos nocivas


Elas não são bem-vindas em um cardápio saudável. Muito menos aquelas feitas em óleo reaproveitado. Mas se você não resiste, vamos ensinar algumas dicas:
“Durante o processo de fritura, os óleos são continuamente expostos a fatores que levam a um grande número de reações químicas”, conta a nutricionista Hosana Rodrigues, da Universidade de São Paulo. Há desde a transformação das moléculas de ácido graxo até alterações de aroma e sabor. “Pode ocorrer a formação de trans, se o óleo for reaproveitado e permanecer horas e horas sob altas temperaturas”, revela Ana Carolina Gagliardi, do Instituto do Coração de São Paulo.
O aquecimento exagerado favorece a perda de ômegas, e a maioria dos tipos usados na cozinha contêm ômegas 3 e 6, gorduras do bem e essenciais para o nosso organismo, que simplesmente acabam desperdiçadas. Nunca deixe chegar ao ponto de fumaça. Sem contar que as frituras aumentam pra valer a quantidade de calorias nas refeições. Para você ter uma ideia, uma escumadeira cheia de batata cozida fornece 68 calorias, já a batata que passou por fritura, o teor calórico sobe para nada menos que 182.
“A fritura pode entrar esporadicamente no cardápio de quem pratica atividade física, desde que o óleo seja saudável e bem fresco”, aconselha a nutricionista Cynthia Antonaccio, de São Paulo. Outra dica da expert é fritar vegetais como brócolis, cenoura e outros. Nada de linguiça na banha de porco, hein?

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