quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Adoçantes

Os adoçantes dietéticos são produzidos a partir de edulcorantes, subtancias naturais ou artificiais responsáveis pelo sabor doce. Eles possuem um poder de adoçamento geralmente muito maior que o açúcar da cana (açúcar comum) e são recomendados para dietas especiais como as de restrição(principalmente no diabetes) e de emagrecimento.

Sacarina
Primeira substancia adoçante sintética a ser descoberta( 1878) extraída de um derivado do petróleo, o acido ciclo hexano sulfamico , tem poder adoçante 500 vezes maior que a sacarose e é usada desde 1900. Em altas concentrações deixa sabor residual amargo e metálico, e não é metabolizada pelo organismo. È de fácil solubilidade e estável em altas temperaturas, podendo ser utilizado em preparações quentes. IDA (Ingestão Diária Aceitável): 5 mg/Kg de peso corporal.

Ciclamato
Descoberto em 1939, entrou no mercado a partir da década de 50. Como a sacarina, é edulcorante artyificial largamente usado no setor alimentício, sendo aplicado em adoçantes de messa, bebidas dietéticas, geléias, sorvetes, gelatinas, etc. Com o menor poder adoçante, é 40 vezes mais adoçante que a sacarose, não calórico e possui sabor agradável e semelhante ao açúcar refinado( apresentando um leve gosto residual). Absorve-se parcialmente no intestino, é eliminada pelos rins. Alguns indivíduos metabolizam uma pequena quantidade no intestino, pela ação da flora intestinal. Não perde a doçura quando submetido a altas/ baixas temperaturas e meio ácidos. Sinergético quando combinado com outros adoçantes de baixas calorias como acesulfame K, aspartame, neoesperidina, sacarina e sucralose.
IDA (Ingestão Diária Aceitável): 11 mg/kg de peso corporal.

AspartameEdulcorante artificial descoberto em 1956, É uma proteína dissociada produzida a partir dos aminoácidos encontrados normalmente nos alimentos: fenilalanina e acido aspártico. Possui sabor agradável e semelhante ao açúcar branco, só que com o potencial adoçante 200 vezes maior, permitindo o uso de pequenas quantidades. Seu valor energético corresponde a 4 cal/g. Muito usado pela industria alimentícia, principalmente nos refrigerantes diet. Sensível ao calor, perde o seu poder adoçamento em altas temperaturas. A docura também poderá diminuir quando muito tempo armazenado. É contra indicado a portadores de fenilcetonuria, uma doença genética rara que provoca o acumulo de fenilalanina no organismo, causando retardo mental.
IDA: 40 mg/ Kg de peso corporal.

Acesulfame-k
Criado em 1960, é o adoçante sintético de maior resistência ao armazenamento prolongado e a diferentes temperaturas.O Acesulfame-K é um sal de potássio sintético produzido a partir de um acido da família do acido acético. Adoça 130-200 vezes mais que a sacarose, seu gosto doce é percebido de imediato e em grandes doses deixa um leve sabor residual amargo. Pode ir ao fogo por ser estável a altas temperaturas. Não é calórico e nem metabolizado pelo organismo. Pode ser usado como adoçante de mesa e em difersos produtos. Embora seja rapidamente absorvida, 99% da substancia é eliminada em 24 horas pela urina, de forma inalterada.
IDA: 15mg/kg de peso corporal.

Steviosídeo
Descoberto em 1905 e muito difundida no Japão, extraído da Stevia rebaudiana, planta originaria da Serra do Amambaí, na fronteira do Brasil com o Paraguai. Das suas folhas se extrai o steviosídeo, edulcorante natural de sabor doce retardado com poder adoçante 300 vezes maior do que a sacarose. Tem boa estabilidade em altas ou baixas temperaturas. Pode ser consumida sem nenhuma contra-indicação por qualquer pessoa. Não produz caries, nem é calórica, tóxica, fermentável ou metabolizada pelo organismo.
IDA: 5,5 mg/kg de peso corporal.

Sucralose
Descoberta em 1976. Trata-se de um edulcorante sintético com poder adoçante 600 vezes maior do que a sacarose. Não é calórico e possui sabor agradável. Não é metabolizada pelo organismo, sendo eliminada por completo em 24 horas pela urina. Estável a temperaturas altas e baixas e em longos períodos de armazenamento. Pode ser usada como adoçante de mesa, em formulações secas( como refrescos e sobremesas instantâneas), em aromatizantes, conservantes, temperos, molhos prontos, compotas, etc. Não produz caries, alem de reduzir a produção de ácidos, responsáveis pela sua formação.
IDA: 15 mg/kg de peso corporal.

Sorbitol
Substancia natural presente em algumas frutas, algas marinhas etc. Tem o poder edulcorante igual ao da sacarose e similar ao da glicose, não sendo aconselhável a pacientes obesos e diabéticos mal controlados. Calórico, fornece 4 cal/g e ao ser absorvido se transforma em frutose no organismo. A frutose é transformada em glicose no fígado, mas como o processo é lento, não altera significantemente a glicemia. Não provoca caries, não é tóxico e apresenta boa estabilidade. Resiste, sem perder seu potencial adoçante, a processos de aquecimento, evaporação e cozimento.
Doses acima de 20 a 30 g/ dia produzem efeito diurético e acima de 30 a 70 g/dia causam diarréia. Em algumas pessoas esses efeitos ocorrem mesmo em doses baixas, como 10g/dia. O sorbitol( assim como o manitol e o xilitol) aumentam a perda de minerais pelo organismo, principalmente o cálcio, podendo também provocar a formação de cálculos.

Manitol
Fornece 4 cal/g e sabor semelhante ao da sacarose, apresentando uma sensação refrescante na saliva, que aumenta quando associados ao aroma de menta. É considerado um dos melhores preventivos contra caries. Precaução: doses acima de 30g/dia podem provocar diarréia quando consumidos pela primeira vez. A OMS não estabeleceu um limite para a IDA e o FDA( USA) indica o consumo na quantidade necessária para o adoçamento desejado.

Frutose
É um edulcorante natural, de sabor agradável e extraído das frutas e do mel. Contem 4 cal/g. Estudos recentes comprovam que a frutose, quando ingerida junto das refeições não altera a glicemia. Quando submetida ao calor a frutose derrete, porem mantém o seu sabor. É uma vez e meia mais doce que a sacarose, com o poder de adoçamento 173 vezes maior. Excesso de frutose pode causar aumento de triglicerídeos e pessoas com problemas no metabolismo de lípides e gorduras devem evitar o consumo desse edulcorante. Estudos comprovam que o uso por tempo prolongado dificulta a absorção do cobre, mineral importante na síntese da hemoglobina (responsável pela pigmentação dos glóbulos vermelhos).

Lactose
Açúcar extraído do leite muito usado como diluente nos adoçantes de mesa. Fornece 4 cal/g e precisa de presença de insulina para ser metabolizado no organismo. Seu potencial edulcorante é cerca de 15% maior que a sacarose.

Malto dextrina
Açúcar extraído do milho, também muito usado como diluente nos adoçantes artificiais. Como a lactose, é insulino-dependente e tem 4 cal/g, sendo cerca de 50% mais doce que a sacarose.

Dextrose
Outro açúcar derivado do milho com ampla aplicação na industria alimentícia. Sua doçura é cerca de 70% maior que a da sacarose. Possui 4ca/g também necessita insulina para sua metabolizaçao.

Neohesperidina
É aproximadamente 400~600 vezes mais doce que a sacarose. Com relação ao aspartame a ao acesulfame-K, se misturados a neohesperidina, é muitas vezes ( de 7 a 20 vezes) mais doce, dependendo do alimento em que se emprega essas misturas. A neohesperidina é um flavonóide deidrochalcone. Enquanto a neohesperidina não é encontrado em nenhuma substancia natural, estruturas relacionadas com os flavonóides e seu deidrochalcones correspondentes se encontram de forma natural em muitas plantas. É metabolizada peã flora intestinal. A neohesperidina é tipicamente usado em combinação com outro adoçantes. A neohesperidina também tem propriedades redutoras dos sabores amargos. È estável ao calor e pode ser usado então em alimentos que requerem pasteurização ou processos UHT. Não provoca caries e pode ser usada em produtos diabéticos.
IDA: 0,5 mg/kg de peso corporal.